Quando estive em Libertad 450, em Santiago do Chile, neste ano, logo após o falecimento da Nanita, encontrei esta foto.
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A semana estava sendo muito dura para nós. Mexer nas coisinhas dela e ainda ouvir que alguns queriam levar tudo dela, não era agradável. Talvez nada ficasse lá, se ela não tivesse algumas pessoas que cuidassem das "coisinhas" dela.
Como vocês viram em um post deste blog, antes de mexer nos livros da Nanita, pedi licença a ela. Conversei baixinho e disse que se ela estivesse ali, me vendo, que ela tivesse a certeza de que eu ia ver coisinha por coisinha, com todo respeito. Afinal, tudo era dela e, muitas delas, coisas que ela nunca deixava mexer, como "el cajón de los recuerdos". Ele ficava em baixo da escada e nem tinha tantas coisas pessoais, mas simbólicas e, lógico, significativas para a Nani.
Foi então que, mexendo nos livros e estando lá em Libertad, uma caixinha pequenininha me chamou a atenção. Não sei por que olhava para ela sempre. Fiquei intrigada porque os desenhos, em cima talhados em madeira, eram de araucárias. Parecidos com uns quadrinhos que estavam na parede, na entrada à direita, segundo a Mami eram presentes do Brasil (parece que do Papi). Talvez aquela caixinha não tivesse muito significado. Estava ali, ao lado da TV. Talvez com medo que se perdesse ou que continuasse sem muito significado, pedi para pegá-la e trazê-la comigo.
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Dentro dela estava esta foto minha com 11 dias, no colo da Mami e o Carlos Eugênio (na época com quase 2 anos) e o José Cláudio (com 3 anos e meio) olhando para mim. No verso, a descrição da foto, com letra da Mami.
Quase tive um "treco" no coração!
Eu sabia que ela estava ali por perto. Nossa! como senti a presença dela.
A caixa está aqui comigo e a foto está dentro dela ainda.
Saudade de ti!
Ana Teresa