Iniciamos este blog em outubro de 2008, para divulgar o lançamento do livro de Francisco Dias da Costa Vidal sobre suas memórias da Praia do Hermenegildo. Mas continuaremos contando sobre nossos passeios, nossas experiências, nossas artes, e as novidades do nosso Planeta. Convidamos a todos os amigos a participarem e assim, continuarem a fazer parte da nossa história! Sejam Bem-vindos!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Mafalda e o televisor

Episódio de 9 minutos com dublagem mexicana. Mafalda nasceu em 1964, chegou a ter uma série na TV nos anos 80.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Bottoms Up (Middle of the Road)



Bottoms up to people, sit you down
Enjoy your living with the people, sit you down (singing!)

Take your mind off all the heartaches
And you'll find they're good as gone
Now the ball is on the uptake
Join the world and be as one

Tho' your mind is in the dog house
'Cos your wife has thrown you out
Don't be acting like a bog mouse
Take your lead off, move about

Middle of the Road foi um grupo pop escocês, radicado na Itália, que ganhou fama desde 1970, especialmente na Europa e na América Latina. O grupo se formou em 1967 e existe até hoje, no estilo que ganhou o nome do grupo (middle-of-the-road pop) e algumas músicas de conteúdo latino (v. histórico no site deles).

Seus maiores sucessos foram em 1971 e 1972: "Chirpy Chirpy Cheep Cheep" (v. vídeo), "Tweedle Dee, Tweedle Dum" (v. vídeo), "Soley Soley" (v. vídeo), "Sacramento" (v. vídeo), "Samson and Delilah" (v. vídeo) e "Bottoms Up" (vídeo abaixo, filmado em alguma praia francesa em 1972).

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O homem que plantava árvores


Filme que ganhou Oscar de melhor curta de animação em 1987, baseado num conto de 1953. É um tributo ao trabalho árduo e à paciência. Conta a história de um pastor que, em total sintonia com a natureza, faz crescer uma floresta onde antes havia uma região árida. As sementes por ele plantadas representam a esperança de que podemos deixar pra trás um mundo mais belo e promissor do que aquele que herdamos. Mais detalhes no blog de Márcio Okabe. Vídeo sugerido por Carlos Eugênio Vidal.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Mar se movendo, nada de novo


Esta semana de frio também traz ventos que fazem o mar se mover em direção à terra. O vitoriense Marcelo Tavares Tapia tomou as fotos acima e abaixo na praia do Hermenegildo sexta 19 de julho e postou no Facebook (v. álbum).


Maurício Machado dos Santos gravou um vídeo do mau tempo na quinta 18 (aqui) e outro no domingo 21, supostamente sob influência da lua cheia (aqui). Note-se que o mar não está agressivo, somente subiu um pouco.

À luz do sol poente, a moto nem se importa quando o mar sobe.

Já caído o sol, o mar se retrai e a moto segue ali, cheia de razão.

sábado, 3 de novembro de 2012

Cada família é um prato

Trechos do livro "O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo.

Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema...

Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir... Mas a vida... Sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida.

Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente...

Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.

Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar, tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido.

Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.

O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Manière; Família ao Molho Pardo (em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria). Família é afinidade, é à Moda da Casa.

E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha.

Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo.Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir. Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia-a-dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu.

O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete!

domingo, 17 de junho de 2012

"Nosso pedaço"

Esta terra
me fala de coisas passadas
Silenciosa,
Aceitando seu destino
E os rudes golpes
Daqueles que deixaram
crescer as sombras de teu abandono.

Já não és canção,
nem fogueira de São João.
Não és diversão
Da saudosa infância.

Guardas contigo
Lembranças de nosso amigo
Que se perdeu pelas ruas.

Guardas nossas vidas,
Anos de convivência
Com os daqui
Com os dali.

Não és o que foste
E não se sabe o por quê.
Mas és o anúncio matinal
de um futuro fértil para nossas vidas.

Ana Teresa - Pelotas 26.04.90

Ainda sabemos



O que será o dia de amanhã? 
O que será de nós? 
O que será de tudo? 
Nada mais nos surpreende ou nos assusta. 


As notícias de tragédias naturais e humanas. 
Tudo nos arrasta, nos leva na velocidade de um tsunami para lugar algum. 
Se perdermos o rumo das coisas, da vida e de nossas vidas, onde vamos parar? 
Reclamar, gritar, bater, ofender e até matar aparecem todos os dias em todos os momentos. 


A calma e a paz do bom viver é mais rara do que gostaríamos. 
A alegria e a confiança das amizades são "pedras precisosas" que devem ser mantidas num local sagrado. 
Raras são as pessoas para toda a vida. 
Ninguém mais tem paciência ou benevolência.


Mas ainda existe a FELICIDADE PLENA! 
E sabemos bem onde achá-la! 
Não sabemos!?!?


- escrito no Facebook -11.03.12

quinta-feira, 29 de março de 2012

Popayan, a cidade muito mais do que branca (último)

El Pandebono de la Abuela - Primeira parada para um "pandebono" e um cafezinho colombiano. Uma delícia!
Num dia em que o carro de Edgar não podia sair nas ruas de Cali, fomos a Popayan.
A princípio seria uma cidade chamada de Cidade Branca da Colômbia. Então, imaginei algo parecido com as cidades mediterrâneas ou até a Casa Pueblo perto de Punta del Este.  


Pegamos a estrada cedinho rumo o sul uns 75km apenas de Cali - os carros recém saiam das garagens para as pessoas irem trabalhar. O trânsito estava razoável.
Por ali, vimos o famoso ônibus colombiano - a CHIVA.


CHIVA
Apesar de se falar "buzeta" para denominar os ônibus normais nas cidades da Colômbia, a CHIVA é um meio de transporte típico - ônibus colorido, cheio de motivos e desenhos, usado nas cidades como transporte de turistas, mas usado muito no interior do país.
Se quiser se atrever a andar em um deles, vai sair dali cheio de "amigos", vai ter que pular em cima das pessoas, das crianças e vai se divertir - pode ver até os cobradores pulando pelos bancos - isso mesmo - pela falta de espaço.
Em Cartagena e Medellin conseguimos ver e andar neles. Coisas para turista ver!
Foto da internet








PANDEBONO
Chama-se também Almojábanas ou Pão de Queijo.
É um pãozinho com queijo que recém feito torna-se uma iguaria, como o nosso pão de queijo. Com café ou chocolate quente é uma beleza! Pode ser feito com farinha de mandioca e de milho, misturadas. Comemos num "botequinho" na beira da estrada ao estilo da região.






POPAYAN
Popayan, a Cidade Branca da Colombia - mas é só isso? Foi o que pensei.
Mas Popayan é muito mais do que isso!!!
Popayan é capital do departamento de Cauca, berço de presidentes, poetas, escritores, terra de uma das festas mais importantes da Semana Santa (comemorada desde 1540 e considerada pela UNESCO como patrimônio), comidas típicas, sede de aldeias indígenas, terra de artesanato e uma dos centros históricos mais lindos da Colômbia.
Tem quase 250 mil habitantes e fica a quase 2mil metros sobre o nível do mar, entre a Cordilheira Ocidental e Central. Em 2005, a UNESCO nomeou Popayan terra gastronômica de importância cultural para o país - caraterizada por manter seus métodos através de herança falada e não escrita. 


UM POUCO DE HISTÓRIA
A Colômbia, antes de se chamar assim, foi Vice-reino da Espanha, com diversos nomes até sua independência - 
- 1550-1717 - Nuevo Reino de Granada - centro era Santa Fé de Bogotá;
- 1717-1811 -  Virreinato de Nueva Granada
- 1811 - Nova Granada - Independente da Espanha - houve diversas modificações territoriais; até a Constituição de 1832 quando se criou a República da Nova Granada;
- 1858-1863 - Estados Unidos da Nova Granada. após a Guerra Civil de 1860



Popayán foi uma das principais cidades e mais rica após a Guerra Civil e a crise da exploração de minérios que se deu em Medellin, também em 1860. 
A riqueza levou a cidade a ter uma presença importante de escravos e, depois de Bogotá, foi a única a ter a Casa da Moeda. Possui a maior quantidade de Igrejas por habitantes (construídas nessa época de riqueza) e tem representantes das mais diversas Ordens católicas. Isso levou a que a cidade tivesse um altíssimo número de museus, incluindo diocesano, com objetos de todas essas fases do país. 
Conseguimos visitar três grandes museus os quais em excelente estado de conservação e com vasta variedade de objetos e obras de arte.
Popayán também deu a Colombia 15 governantes e por 19 vezes, o governo foi presidido por um "filho" de Popayan.
Isso fui descobrindo à medida em que caminhávamos pelas ruas. Aliás, mais um dia de muito caminhar!
Vejam as fotos abaixo.


Add caption
Ao chegar na cidade, depois de umas duas horas ou mais de estrada, fomos direto ao "PUEBLITO PATOJO" (ou "RINCON PAYANES", no Morro Tulcám, uma espécie de resumos e miniaturas dos principais prédios da cidade, com lojinhas de artesanato de índios da região. Alias, nessa região da Colômbia é rica em bairro indígenas  



Réplica da Torre do Relógio


CIDADE BRANCA
Parque Caldas - praça central - chegamos num dia em que o banco nacional estava devolvendo dinheiro às pessoas que perderam tudo ou quase tudo numa espécie de "pirâmide" que envolveu muitas pessoas do país inteiro, pobres e ricos. Havia filas que davam a volta na praça.

Uma parada para uma foto
Torre do Relógio - o prédio mais importante da cidade
Detalhe da Torre do Relógio





Ruas de Popayan - a cidade branca

SEMANA SANTA
A Semana Santa se comemora em Popayan desde 1560.



IGREJA "LA ERMITA"
Ruas de Popayan e ao funda Igreja La Ermita - Séc. XVI

La Ermita é a igreja miais antiga da cidade e sido a Catedral, em algumas ocasiões. Construída em 1546contem um fino altar e desenhos descobertos depois do terremoto de 1983.
Paramos para tomar um suco, mas para comer não me deu coragem.




Casa ao lado da Ermita.

Ruas de Popayan
Muitas casas pintadas de branco com o tempo, sofreram avaria no terremoto de 1983. Isso fez com que algumas delas hoje não estejam mais pintadas de branco, mantendo a cor original que apareceu com a destruição.


SANTUÁRIO DE BELEM
Valeu a subidinha no morro - lá de cima se vê a cidade.
Pena é que todas as Igrejas sempre estão fechadas.
Edgar e Amparo - no alto do morro de Belém

Amparo e eu

Por estar localizada no morro de Belém, pode-se apreciar a vista panorâmica parcial de Popayan. A subida é rápida por uma rampa íngreme mas com degraus leves, chamados por eles de “quingos”. 
Em 1717, foi colocada a imagem do "Santo Ecce Homo" - séc. XVI (hoje réplica), patrono da cidade. A original está na catedral de Popayan.
A cruz a direita é de pedra de data de 1789. A Igreja original foi reconstruída completamente depois do terremoto de 1983.


UNIVERSIDADE DO CAUCA - UNICAUCA
Prédio da Faculdade de Direito, Ciencias Política e Sociais da Universidade do Cauca - antigo claustro de Santo Domingo, onde em 1

Igreja de Santo Domingo e antigo claustro - desenhado por artista espanhol a pedido da Familia Arboleda - estilo barroco neogranadino - Patrimônio Nacional da Colômbia.


MUSEUS
Museu Casa Guillermo Valencia - Séc. XVIII - Poeta e político colombiano 







"Puente del Humilladero", 1873 -  setor histórico.


Transeuntes pela ponte que une bairros de Popayan - uma leve chuva nos pegou e quase fomos embora.
Mas antes passamos na padaria.


Torre do Relógio e Catedral Basílica de Nuestra Señora de la Asunción - 1906 - possui um magnífico órgão de tubos europeu; estilo neoclássico e grande parte foi reconstruída após o terremoto de 1983.
Pausa para o almoço
Interior do único shopping ou "vestígio" de praça de alimentação. Mas Popayan não precisa disso - é centro gastronômico e possui diversos restaurantes com comidas típicas e preparadas de forma maravilhosa.

Pátio do hotel onde almoçamos
MUSEU Casa Valencia
Antes da visita, vimos esta exposição.

Dentro de um dos museus, vimos a exposição de uma artista espanhola.

MUSEU


MUSEU ARQUIDIOCESANO
Interior do museu
QUER CONHECER DOÑA CHEPA?



Apendeu uma receita especial com umas senhoras e lhe deu o nome de "aplanchados". 

Hoje, depois de ter mantido a família toda, está bem velhinha e ouve com dificuldade.
Fiz questão de cumprimentá-la e dizer que vinha do Brasil, só para comer os biscoitos - Ela me disse -"que longe que eu chego!"
Ganhou fama e hoje só fica ali, na padaria, recebendo as pessoas. É de uma doçura típica de mulheres que souberam marcar a vida dos demais através do seu esforço e trabalho.



Ali, foi nosso último ponto de parada, antes de voltar para Cali.
Popayan foi mais uma bela surpresa da Colômbia, cheia de histórias e riquezas, cores sabores.
Valeu muito a pena ficar 7 dias em Cali com Edgar e sua família. Consegui entender melhor esse país maravilhoso - e se osto de algo, gosto da cultura, da dança, da música e dos artesanatos.
Como últimas compras, alguns cds, café e arepas. QUE DELÍCIA TUDO ISSO!!!
Depois de tanta viagem - Cali-Bogotá-São Paulo-Porto Alegre-Pelotas - tudo chegou intacto.


MEUS ÚLTIMOS DIAS NA COLÔMBIA (09fev2012)


Depois de percorrer a Colômbia pelos principais cantos, voltei apaixonada.
Aliás, cada vez mais confirmo o que ouvi - "a Colômbia é um dos países mais evoluídos da América Latina" e sem dúvida o é.
Fico feliz de poder conhecer um país tão orgulho, tão colorido, receptivo, saboroso, preparado, batalhador e culto.
Trouxe diversos artesanatos, mais de 1000 fotos, catálogos, bolsas, chapéus e até comida.
Tomo café colombiano até hoje (escrevi este artigo só em julho12).
Ainda todas as lembranças e pior:
--- a vontade de voltar para conhecer, ir e ver o que não vi desta vez.


"Palmira" significa aeroporto - que significa retornar pra casa - que significa mostrar para todos tudo que vivi.


COLÔMBIA - O RISCO É QUERER FICAR!!!!
E por não???