Iniciamos este blog em outubro de 2008, para divulgar o lançamento do livro de Francisco Dias da Costa Vidal sobre suas memórias da Praia do Hermenegildo. Mas continuaremos contando sobre nossos passeios, nossas experiências, nossas artes, e as novidades do nosso Planeta. Convidamos a todos os amigos a participarem e assim, continuarem a fazer parte da nossa história! Sejam Bem-vindos!

domingo, 24 de julho de 2011

Paraty com 'Y" e o mar (3)

Paraty é com "Y"


Às vezes, surgem dúvidas sobre a grafia de Paraty. Comecei escrevendo com "I", mas o nome da cidade, apesar das alterações na língua portuguesa, mantiveram cidades históricas na sua grafia original.


Vejam estes sites sugeridos:


http://www.paraty.tur.br/historia/paraty-parati/


http://www.paraty.com.br/com-y-ou-i.htm



O MAR E O RIO




Quando a gente fala de Paraty (com Y), acabamos lembrando do mar. Ou pelo menos deveríamos.


Paraty foi uma cidade importantíssima, porque ali escoava o ouro, vindo das Minas Gerais.

O difícil acesso à cidade após o término da Era do Ouro, ajudou a que o povoado se preservasse.


Vejam a história, neste site que sugerimos aqui.

http://www.paraty.tur.br/historia/linhadotempo.php


Ali, os indios, e mais recentemente, os pescadores locais vivem da pesca.


Hoje podemos comer os mais diversos peixes da região, nos mais "salgados" preços durante a FLIP.


Existem opções de passeios até ilhas da região, onde se pode almoçar e fazer caminahadas.


Muitas ilhas são de propriedade privada. como de Amir Klink, mas lá não se pode ir. sem autorização.
Durante as noites, o mar e o Rio Perequeaçu, fazem parte do panorama da festa.


Impossível não tirar uma foto onde uma deles não apareça.



Hoje o rio, divide a Cidade Histórica do local onde se realiza a FLIP. A exceção é a FLIPINHA, dedicado às crianças.

E especialmente, naquelas noites frias de até 8° C, as fotos valiam a pena e o movimento aumentava ainda mais.



Foto acima - tendas da FLIP.

Do outro lado de onde acontecia a FLIP, o pier de onde saem os barcos até ilhas da região. Barcos, iates, grandes, pequenos, brancos e coloridos.

E se nos voltarmos atrás, a nova paisagem de Paraty - O MAR E A SERRA DO MAR.


Parati e seus personagens (2)

"Parati concorre a Patrimônio da Humanidade. Lá, os ângulos são uma arte a cada esquina; lá a cachaça artesanal concorre a melhor bebida do Brasil; lá o mar e a história se encontram nas pedras redondas que calçam a cidade histórica; lá as nuvens tocam a serra e a lua toca as torres das igrejas".

Assim começo meu novo post onde destaco os personagens de Parati, duante a FLIP 2011.
Flagrei muitos personagens - crianças, jovens, adultos e pessoas mais maduras, em todos os lugares.

Enquanto estávamos esperando o próximo painel de autore na tenda maiors, aproveite para tirar algumas fotos das pessoas, especialmente crianças que brincavam por ali.

Todos sem exceção, com livros nas mãos junto a uma paisagem incomparável.
Na entrada da cidade, ouvimos de longe uma música andina, um tanto eletrônica. E como tudo em Parati, paramos para ouvir, sentados no banco da praça, onde encontramos este rapaz nordestino.

Novos personagens ali por perto e não perdi a oportunidade.Este rapaz, com toda a certeza, não é nativo da região do Rio.
Olhem a cuia! Onde se usa esta cuia sem pescoço? Acertou quem disse Uruguay e algumas regiões da Argentina. Mas tem muito gaucho que gosta destas cuia "economizadoras de ervamate".Nas ruas de Parati, os profissionais de rua aproveitavam a oportunidade. Este "homem de lata-pintor" divertia as crianças.Os músicos dos bares, estando na rua, dentro dos bares e pubs, davam um toque brasileiro. Na beira do mar, paramos num vendedor de chapéus e junto conosco duas paulistas com a respiração congestionada. Disseram que não estavam acostumadas a um ar tão limpo. O vendedor, também paulista, ria e dizia "não troque este lugar por nenhum do mundo!" Pessoas diferentes ao "normal", pessoas divertidas, pessoas especiais, todas conectadas aos livros e ao mundo moderno.Estes declamadores de poesias de cordel, andavam pelas ruas dando nova cor às poesias "normais".E a cada vez que a gente parava nas ruas, para olhar para algum lugar, para se "encontrar" naquelas ruas parecidas ou saber a programação da FLIP, alguém parava para perguntar-nos alguma coisa ou para ajudar-nos. Este senhor simplesmente disse "querem ajuda?". Perguntamos - " o senhor mora aqui?" - "sim, respondeu ele - há 83 anos!" Tinha vindo buscar uma nova muda, distribuida por um dos patrocinadores da festa.

O declamador de poemas tinha seu "cardápio" e a cada colaboração gentil, iniciava sua arte. Sob aplausos, disse - "obrigado pela sensibilidade de todos!"

Nos stands dos patrocinadores, as pessoas aproveitavam para tomar capuccino, cafezinhos, ver os paineis nos televisores, para comprar lembranças e comprar livros quase de graça no "Folha de São Paulo"....

... e ler mais um pouco!

Mas se alguém quisesse comprar livros dos mais diversos, a livraria era o melhor lugar.

Livros, mais livros, mais livros ...e pessoas lendo. ...Adolescentes lendo! ... e a fila para pagar, feita de mais livros.Dentre outras surpresas, lógico que fomos pesquisados - pessoas contratadas para saber o perfil dos participantes da FLIP.Mas os autóctonos estavam por ali - eles fazem parte importante da FLIP. Sem eles, nada aconteceria - os pescadores dão passeios pelas águas e os charreteiros, passeios pela cidade histórica.Mas na cidade da literatura, encontramos pessoas que não estão na escola, um protesto contra as péssimas condições das escolas, dos professores e da educação. Mas também assistimos um professor de teatro e música dando fazendo um discurso na FLIPINHA (FLIP direcionado às crianças) falando que Parati precisa crescer e seus habitantes ajudarem a construir um futuro melhor.O Green Peace também estava lá, conversando com todos. A população de Parati parece ainda estar na busca do seu reconhecimento. Os indígenas da região vendem nas ruas suas artes e não parecem ter o mesmo apoio que outros grupos. Ali existem duas comunidades de tupis-guaranis.
Os poetas de rua, iniciantes, autônomos vendem suas artes de boca em boca.Neste encontro de ruas, a cartomante sempre lá. A argentina com seu "acorden" dava o fundo musical.Durante a FLIP, os horários de refeições são ao estilo de férias - café da manhã tarde, almoço às pressas, um lanche aqui, um churros ali...A moça nos contou que vendia 300 por dia.

Assim como ela, vendedores de cocadas, doces, pipoca, caipirinhas, "capetas"...O personagem n°1 foi o Homem Borboleta. Tudo que ele vende são borboletas e que infeitam a barba e os cabelos dele mesmo. Personagem que já esteve no Jô Soares. Na Casa do Autor, um encontro bacana com este rapaz - que nos deu de presente uma camiseta. Parati e seus personagens - a maior riqueza da região!

Parati / RJ - FLIP, cidade histórica (1)

Nossa ida a Paraty se deu no dia 05 de julho.

Eu, sai de Macaé, no Estado do Rio e os papis chegavam de POA, no Galeão. 
Tudo programado, chegamos em Paraty às 18h. Jantamos e fomos para a Pousada.
Chegamos para a FLIP - Festa Internacional Literária de Paraty - 05 a 10 de julho 2011 - 8ª edição.
Os dias estavam nublados e depois de muito frio no sul do Brasil, o clima por aqui estava instável. Nunca fez tanto frio no Estado do Rio - mínimas de 10 graus em Macaé e 8, em Paraty.
Por isso em muitas fotos estaremos de blusa de manga comprida. Mas isso ajudou muito nos passeios - caminhando tudo ficava confortável. A proximidade da serra, do mar e de SP (com temperaturas mais frias) a região sul do RJ é instável.


(foto - rua de entrada da cidade histórica)
Quando se fala de Paraty, até chegar lá, não se tem a idéia real da cidade. Ela tem várias facetas.
- Cidade de Paraty
- Cidade Histórica
- Região costeira

A cidade não é muito grande e nem muito desenvolvida. Nela estão as pousadas, o comércio, a vida normal.Na cidade histórica estão os bares, pubs, restaurantes, pousadas, museus, lojas, atelies, igrejas e algumas poucas moradias.
Durante a FLIP - existe um clima cultural intenso. Os turistas são muito parecidos - de crianças a idosos, todos com interesses comuns. Os livros, os painéis com autores, os stands, as lojas com lembranças, as músicas e os músicos, os poetas autônomos pelas ruas vendendo seus livrinhos, os personagens, como o "homem borboleta" que já havia estado no Programa do Jô, os declamadores de poemas e os de cordel...mas a livraria era o local preferido, onde todos estavam "mergulhados".
Antes do final de semana, as ruas ainda estavam vazias ou circuláveis, mas depois...tudo cheio.
Na cidade histórica, vê-se algumas casas muitos mais cuidadas e preservadas do que outras. Destacam-se quatro - a casa de um francês, a casa da família Roberto Marinho, a casa dos Bragaça e de Amir Klink.
Difícil mesmo é caminhar pelas pedras - nem tão dificil, dependendo da rua que se escolhe. As charretes são uma opção divertida de passeio, para descansar, ver algumas localidades específicas, saculejar um pouco e rir com o passeio.

Alguns prédio são lojas modernas, de roupas ou de artesanatos, quadros, artes em geral.

Outras são bares com som ao vivo, mesinhas na calçada, quer dizer, na rua, nas pedras.
Os detalhes das casas é uma peculiaridade e dependendo do ângulo, oferecem história e fotos maravilhosas.

Dentro delas também boutiques, atelies e profissionais autônomos - psicóloga!!! 
As surpresas em Paraty são muitas!