As pressões levaram o empresário a melhorar a proteção contra ruídos, que é uma das exigências para casas noturnas. No entanto, quando as festas estão acontecendo, a proteção fica de enfeite, pois parece não haver ventilação lá dentro e todas as janelas são abertas e difundem o ruído, até 5h da manhã. A essa hora a Prefeitura não faz verificações pelo crime ambiental, e a Brigada Militar não aceita essas denúncias, por pertencerem à competência municipal.Logo, as reclamações se chocam com a existência de proteções acústicas adequadas: constatado que essas proteções existam fisicamente (mesmo que não sejam usadas), os protestos dos vizinhos deixam de ter sentido legal e passam a ser ignorados.
Outras exigências municipais também não foram cumpridas, como por exemplo as assinaturas de aprovação dos moradores vizinhos. O Ministério Público teve acesso à lista que a boate apresentou: constam 38 nomes e 20 deles são de trabalhadores de empresas próximas (comprovado pelos endereços): a fruteira, a loja de animais e a academia da Tiradentes, a locadora, produtora e o hotel da Gonçalves Chaves, os locais do edifício pela Lobo da Costa, os dois pontos do Detran na Santa Cruz. Só isso já invalida o alvará concedido pela Prefeitura, mas a decisão judicial deverá sair daqui a algum tempo. Enquanto isso, durma-se com um frege desses.