No concerto Voces para la Paz 2007, realizado em Madri, foi tocada uma peça para castanholas e orquestra: o trecho instrumental "Intermedio", da zarzuela La boda de Luís Alonso, de Jerónimo Giménez y Bellido (1854-1923). O regente da orquestra foi Enrique García Asensio. A solista, Lucero Tena, esteve inspirada até na expressão corporal.
Se bem foram criadas há 3 mil anos pelos fenícios, as castañuelas são consideradas hoje um instrumento nacional espanhol. Há concertistas nesse instrumento de percussão; eles estudam tanto como um pianista, mas o repertório para castanholas é principalmente folclórico. O nome é diminutivo de "castanha", por analogia da forma (na Andalucía também se conhecem como palillos, e nas Canárias chamam-se chácaras, com formato e etimologia mais da cultura arábica). Sempre no plural, são tocadas em pares: a mais aguda na mão direita.
O tocador de castanholas não tem uma denominação própria; a palavra castañuelero não se encontra no dicionário oficial espanhol, o DRAE. No livro "La tribuna del idioma", o linguista Fernando Díez Losada considera que essa palavra não está reconhecida porque - no flamenco - os bailarinos são os que tocam castanholas e não há no folclore um solista especial (p. 600). Em inglês, o Wiktionary reconhece a palavra castanetist (castanet player), mas o Merriam-Webster não.
Um comentário:
Papito, achei simplesmente fantástica a apresentação das castanholas!!!!
Maravilhoso!!!
Abraço
Marisa Colares
Postar um comentário