Iniciamos este blog em outubro de 2008, para divulgar o lançamento do livro de Francisco Dias da Costa Vidal sobre suas memórias da Praia do Hermenegildo. Mas continuaremos contando sobre nossos passeios, nossas experiências, nossas artes, e as novidades do nosso Planeta. Convidamos a todos os amigos a participarem e assim, continuarem a fazer parte da nossa história! Sejam Bem-vindos!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Fugindo do Apocalipse

Ainda no Hermenegildo, após deixar Anita em sua casa da Rua da Saudade, onde ela ficou totalmente só, decidimos fazer um lanche noturno, mesmo sabendo que segunda-feira é um dia difícil para achar restaurantes, na cidade (no Uruguai, todos fecham).

Ao redor da avenida central do Hermena, a Alameda das Acácias, encontramos o Apocalipse, que anunciava nas paredes comidas tipo jantar (foto). Não tínhamos referência alguma, exceto a visibilidade dos locais.

A opção foi apocalíptica: eles só tinham meia dúzia de opções, num cardápio em petição de miséria. As comidas escritas nas paredes eram dos donos anteriores. Pizza e frango, nem sonhar. O garçom, um jovem até com aspecto de sujo. Pedimos café e eles foram aquecer a água, que veio servida em xícaras. O cliente poria açúcar e café solúvel, a gosto. Seríamos os almofadinhas da cidade exigindo demais, ou realmente os padrões aqui eram baixos demais?

Ante tal demora e pobreza, cancelamos os pedidos de sanduíches e fomos comer na cidade. Perto do Hotel Brasil achamos o Cotidiano, um nome bem mais tranquilizante, onde de dia há buffet e, de noite, pizzas e vários pratos. Ignez por telefone também participou da tertúlia, e chegamos a recordar que quando ela contava 30 anos foi impedida pela família de namorar, e até se negou a casar com um pretendente que era de agrado da mãe (acredite se quiser). Pelotas ficou ligada à falta de liberdade e felicidade. Neste fim de mundo que é Santa Vitória, fugimos de dois apocalipses (a repressão pelotense e a indisciplina praiana).

3 comentários:

Anônimo disse...

Meu Deus!!!! Com trinta anos e impedida de namorar ...! Quanta repressão mesmo!
Ela "cumprimenta" a mãe?!
Ai, desculpa, Francisco, talvez até briguemos por isso mas reegistro aqui minha indignação relativa aos Soto Vidal (pais)!
Absurdo!
Bj, Francisco...

Francisco Antônio Vidal disse...

Depois de Ignez desligar, recordamos o episódio, ocorrido em 1960 (eu não era nascido): foi impedida de encontrar-se com amizades não aprovadas pelos pais. Anos depois, a mãe (Theresinha) tinha um pretendente aprovado e até marcou data, mas Ignez não quis saber de nada, causando grande desgosto à mãe. Coisas do século XX.

Anônimo disse...

"Coisas do século XX" ... Que desapego ao passado, Francisco! Que bom ... ! A maioria de nós, ao invés de ter o passado como um aliado, tem-no por inimigo!
Bj!
Tê!