Iniciamos este blog em outubro de 2008, para divulgar o lançamento do livro de Francisco Dias da Costa Vidal sobre suas memórias da Praia do Hermenegildo. Mas continuaremos contando sobre nossos passeios, nossas experiências, nossas artes, e as novidades do nosso Planeta. Convidamos a todos os amigos a participarem e assim, continuarem a fazer parte da nossa história! Sejam Bem-vindos!

domingo, 30 de outubro de 2011

Série Caux - Pessoas do mundo (4)

Congresso de Caux, Montreux



Pessoas no Mundo - Perfil dos Participantes en Caux
Agosto de 2003




5. Semelhanças com os Africanos

Os africanos trajados tipicamente, com seus turbantes e batas coloridas e brancas , iluminaram o congresso e marcaram a todos por sua alegria.


Estiveram muito perto de nós na equipe Azul. Todos muito necessitados de uma juventude formada e consciente. Eram homens, líderes de comunidades de Sierra Leona, de Uganda, da Nigéria, do Congo ...já desanimados por tanta guerra. Charm tinha sido preso por alguns anos, acusado injustamente por anos. Agora era professor. Sofrido mas sempre com um sorriso no rosto, nos convidou para ir a Sierra Leona e conversar com os jovens de lá.

 
Oferecemos para todos eles, nosso workshop de forma exclusiva e a possibilidade de algum jovem africano ir a Montevidéu participar do programa de formação do “Gente que Avanza”. Mas acho que não ficará satisfeito até que possamos ir visitá-lo.

A relação com os africanos foi tão informal e tão irmã, que nunca senti essa cultura do outro lado do Atlântico, tão perto do Brasil.

Para uma moça de Senegal expliquei a história da feijoada. Ela achou linda e sentiu também o sofrimento que seu povo teria passado nas novas terras colonizadas.


Durante a festa das danças internacionais, as africanas dançavam melhor que qualquer brasileira....acabei dizendo: “você se parecem tanto conosco”. Mas ri e pensei melhor: ”acho que nós é que nos parecemos com vocês”. Ela ria e gostava do que falávamos!!!




6. Diferentes formas de ver e sentir


O Sr. Hanz é suiço de Luzern. Depois de nossa palestra sobre “não odiar os outros, outra culturas, outros países” veio conversar comigo para que eu fosse a Luzern conhecer uma colombiana, esposa de um amigo, que não estava se adaptando na Suiça. Pediu-me a tradução da música “Cambia, todo cambia”. Então, palavra por palavra, enquanto ele escrevia, fui traduzindo as palavras da música argentina que quer dizer que tudo pode mudar neste mundo: o diamente a cada lapidada, o cabelo do ancião, o que é superficial, o que é profundo, os pássaros mudam o seu ninho...e continuei....e a cada frase eu tinha que ser muito explicativa pois ele tinha uma certa dificuldade de entender que tudo mudava. A cada frase ele dizia: “Oh, que interessante!”
Então, contei que na América Latina acreditávamos que tudo podia mudar, menos nosso amor por nossa gente e por nossa pátria. Nossa forma de ser é muito aberta. Contei que muitas casas em vários lugares não eram trancadas e que as pessoas ficavam na porta conversando com os amigos. Que muitas vezes convidávamos as pessoas para tomar um café um chimarrão.
Hanz atento antes da musica que o abalou.
Disse que eu estava indo a Barcelona visitar o Toño e que ele ia me dar a chave da casa dele, enquanto ele viajava para a França. Depois ele voltaria e tudo estaria em ordem.
Os olhos azuis do Sr. Hanz me fitavam mas seus pensamentos estavam confusos.
Ele não entendía o que eu contava. Não conseguia imaginar uma moça visitando um primo, não entendia tanta proximidade entre as pessoas e nossa necessidade tão forte de carinho e receptividade.

Ele fez de tudo para me levar de trem até Luzern. Teria conhecido se não fosse a estranheza das pessoas as quais contei que poderia ir até lá conhecer uma colombiana.


Não sei se ajudei ou se atrapalhei mais! Até eu fiquei confusa!



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